O reajuste de 11,36% no piso salarial dos professores, anunciado na semana passada pelo Ministro da Fazenda, Aloizio Mercadante, não contempla toda a classe de professores. De acordo com o coordenador regional do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Lauri de Vargas, apenas se enquadra no reajuste os professores em início de carreira. 

“Os demais tiveram reajuste zero no ano que passou e talvez nesse ano ganhe apenas 5%. Então essa é a nossa grande preocupação, quem vai se aposentar, quem é aposentado, estes estão sofrendo pagando um grande preço na carreira”, afirma Vargas. 

O coordenador destaca que o aumento do piso vai atingir poucos profissionais, até por que o governo do Estado está trabalhando para economizar, como juntar duas turmas em uma e assim não precisar contratar mais professores. Isso também deve diminuir consideravelmente o número de ACTs.

Além dessas, outras situações preocupam a classe do magistério, como o plano de carreira aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc)  em dezembro de 2015. Para 2016, Vargas adianta que as notícias não são boas. “A previsão é de diminuição de turmas, reenturmação, fechamento de escolas do ensino noturno. Também teremos a diminuição das aulas excedentes”, pontua Vargas. 

Uma Assembleia Geral está marcada para fevereiro, quando todas essas situações serão apresentadas aos docentes e os mesmos deverão decidir o que fazer em relação a elas. “Será um ano de muitas preocupações e muitas perdas para esses profissionais que estão avançados na carreira”, finaliza.