As entidades empresariais e representantes dos trabalhadores chegaram a um consenso sobre o salário mínimo estadual nesta terça-feira, em Florianópolis. As duas partes concordaram em reajustar o valor do salário de acordo com a inflação, em 11%. O acordo assinado será enviado ao governador para os trâmites necessários no Executivo e Legislativo.

Os pisos salarias acordados na reunião ficaram em quatro faixas: R$ 1.009, R$ 1.048, R$ 1.104 e R$ 1.158. Agora, o acordo aguarda ser elaborado como projeto de lei pelo governador Raimundo Colombo e aprovado na Assembleia Legislativa (Alesc). Santa Catarina é o único Estado brasileiro em que o piso regional é definido por negociação.

— A conjuntura econômica adversa e a crise que vem se agravando tornaram as negociações mais difíceis neste ano — disse o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte.

— É o sexto ano que conseguimos negociar, e a demonstração é de maturidade e de muita responsabilidade, tanto por parte dos representantes dos trabalhadores quanto dos empresários — afirmou o diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (FECESC), Ivo Castanheira.

Participaram da negociação, pelo lado dos empregadores, Fiesc, Federação da Agricultura (Faesc), Federação do Comércio (Fecomércio), Federação das Empresas de Transportes de Cargas (Fetrancesc) e Federação dos Hospitais (Fehoesc). Entre as instituições que representaram os trabalhadores estiveram Federação dos Trabalhadores no Comércio (Fecesc), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias (Fetiesc), Federação Trabalhadores na Indústria de Alimentos (Fetiaesc), Força Sindical, Nova Central dos Trabalhadores, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).