Agronegócio

09 dez 16 | 5h55 Por Rádio Aliança

Saretta diz que proposta da reforma da previdência é ataque aos trabalhadores

Parlamentar se pronunciou nesta semana na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Saretta diz que proposta da reforma da previdência é ataque aos trabalhadores
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O deputado estadual Neodi Saretta criticou duramente a proposta do governo Federal para a Reforma da Previdência. Segundo ele, os termos apresentados são um ataque brutal aos trabalhadores brasileiros, especialmente os mais pobres e de menor renda. O deputado questionou, em primeiro lugar, os números do déficit, que não são transparentes. O parlamentar denunciou também a maneira como a reforma foi anunciada, em tom de terrorismo do tipo: “ou é isso ou acaba o Brasil”.

Saretta disse que não se opõe a discutir a reforma da previdência “porque as leis mudam e é preciso, às vezes, ao longo do tempo, algumas adaptações, mas defende debater com tranquilidade, com calma, para poder de fato analisar o que precisa ser mudado. Mas, segundo ele, o relator da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), em menos de 24 horas já tinha o parecer pronto e ainda afirmou que era o “the flash”. “O the flash para ferrar a população brasileira”, criticou.

Para o parlamentar, afirmar que o trabalhador chegue aos 69 anos para obter a aposentaria “integral”, está incorreto. Segundo ele, este trabalhador vai chegar aos 100% da média de todos os seus salários e não como é hoje, onde os 20% mais baixos são excluídos. “Ou seja, aquele salário que ele ganhou no início, aos 16, 17 anos entrará na média”, explicou.

Saretta disse que reforma não está muito clara e por isso é surpreendente que um relator se intitule o the flash para dar seu parecer em 24 horas, quando o próprio governo ainda não terminou a sua proposta. “Ontem à tarde o governo enviou uma alteração à emenda constitucional.”

O deputado destacou, também, que há na proposta uma penalização brutal para as mulheres que passam a ter idade equiparada a dos homens. Informou que a regra de transição é “marota” por exigir um valor excessivo do chamado “pedágio”, de 50%.

Sobre as pensões por morte, Saretta afirmou, tomando como exemplo um casal, no caso em que um deles não tenha conseguido se inserir nas regras de aposentadoria, - mesmo que tenha trabalhado a vida inteira, mas não contribuiu, ou trabalhou em casa ou no serviço doméstico - e venha a faltar aquele que recebe a aposentadoria, ficará a outra pessoa recebendo 50% do benefício, desvinculado do salário mínimo.  Este é outro absurdo destacado pelo deputado: “Admitir um benefício menor que o salário mínimo é voltar a antes da Constituição de 1988”, comentou.

 Para Saretta, a cada item da reforma proposta é possível fazer uma série de discussões que levarão à conclusão de que estão sendo penalizados os mais pobres, os trabalhadores e os que mais precisam da previdência. “No caso dos agricultores, com 16 anos uma agricultura já está com as mãos calejadas; aos 65 anos está com as mãos corroídas. Esperaremos até os 65 anos para atribuir um salário mínimo a este agricultor? Esta é a reforma que está sendo proposta e que estão querendo empurrar goela abaixo? É isto que queremos para este país?”, concluiu.

(Fonte: Ascom/Deputado Saretta).

 

09 dez 16 | 5h55 Por Rádio Aliança

Saretta diz que proposta da reforma da previdência é ataque aos trabalhadores

Parlamentar se pronunciou nesta semana na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

Saretta diz que proposta da reforma da previdência é ataque aos trabalhadores

O deputado estadual Neodi Saretta criticou duramente a proposta do governo Federal para a Reforma da Previdência. Segundo ele, os termos apresentados são um ataque brutal aos trabalhadores brasileiros, especialmente os mais pobres e de menor renda. O deputado questionou, em primeiro lugar, os números do déficit, que não são transparentes. O parlamentar denunciou também a maneira como a reforma foi anunciada, em tom de terrorismo do tipo: “ou é isso ou acaba o Brasil”.

Saretta disse que não se opõe a discutir a reforma da previdência “porque as leis mudam e é preciso, às vezes, ao longo do tempo, algumas adaptações, mas defende debater com tranquilidade, com calma, para poder de fato analisar o que precisa ser mudado. Mas, segundo ele, o relator da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), em menos de 24 horas já tinha o parecer pronto e ainda afirmou que era o “the flash”. “O the flash para ferrar a população brasileira”, criticou.

Para o parlamentar, afirmar que o trabalhador chegue aos 69 anos para obter a aposentaria “integral”, está incorreto. Segundo ele, este trabalhador vai chegar aos 100% da média de todos os seus salários e não como é hoje, onde os 20% mais baixos são excluídos. “Ou seja, aquele salário que ele ganhou no início, aos 16, 17 anos entrará na média”, explicou.

Saretta disse que reforma não está muito clara e por isso é surpreendente que um relator se intitule o the flash para dar seu parecer em 24 horas, quando o próprio governo ainda não terminou a sua proposta. “Ontem à tarde o governo enviou uma alteração à emenda constitucional.”

O deputado destacou, também, que há na proposta uma penalização brutal para as mulheres que passam a ter idade equiparada a dos homens. Informou que a regra de transição é “marota” por exigir um valor excessivo do chamado “pedágio”, de 50%.

Sobre as pensões por morte, Saretta afirmou, tomando como exemplo um casal, no caso em que um deles não tenha conseguido se inserir nas regras de aposentadoria, - mesmo que tenha trabalhado a vida inteira, mas não contribuiu, ou trabalhou em casa ou no serviço doméstico - e venha a faltar aquele que recebe a aposentadoria, ficará a outra pessoa recebendo 50% do benefício, desvinculado do salário mínimo.  Este é outro absurdo destacado pelo deputado: “Admitir um benefício menor que o salário mínimo é voltar a antes da Constituição de 1988”, comentou.

 Para Saretta, a cada item da reforma proposta é possível fazer uma série de discussões que levarão à conclusão de que estão sendo penalizados os mais pobres, os trabalhadores e os que mais precisam da previdência. “No caso dos agricultores, com 16 anos uma agricultura já está com as mãos calejadas; aos 65 anos está com as mãos corroídas. Esperaremos até os 65 anos para atribuir um salário mínimo a este agricultor? Esta é a reforma que está sendo proposta e que estão querendo empurrar goela abaixo? É isto que queremos para este país?”, concluiu.

(Fonte: Ascom/Deputado Saretta).