A Secretaria de Agricultura e Epagri realizaram mais um treinamento, o último deste ano, em uma propriedade rural do município. Os técnicos e extensionistas rurais abordaram técnicas para a implantação do “piqueteamento”, sistema que consiste na divisão das áreas de pastagem do gado. A capacitação foi realizada na tarde de quarta-feira na comunidade de Lageado Mariano.

Vários agricultores marcaram presença na propriedade do produtor Wagner Peri. No encontro foram repassadas várias informações sobre implantação do sistema de piquetes, manejo do pasto, rendimentos e resultados. “É uma das propriedades que vem mostrando ótimos resultados, por isso levamos os agricultores até lá. Pudemos mostrar na teoria e na prática os resultados do piqueteamento”, conta o extensionista rural, José Luiz Fontanella. “Temos 45 famílias já inseridas no programa e agora estamos treinando mais 24, ou seja, estamos conseguindo resultados positivos e por isso ampliamos o sistema em Piratuba”, relata ele.

O piqueteamento foi implantado em Piratuba há cerca de cinco anos. Nos últimos quatro, o programa foi intensificado através de parcerias entre a Secretaria de Agricultura, Epagri, Consórcio Machadinho e agricultores. O objetivo é fazer com que os produtores que trabalham com gado de leite reduzam os custos de produção e a mão de obra e obtenham mais lucro. “É um projeto sustentável. Economicamente viável, pois reduz custos e aumenta lucratividade. Socialmente justo, em função de que reduz a mão de obra e a torna mais humanizada. E é ambientalmente coreto, pois com a pastagem perene o produtor não revolve mais o terreno, evitando a erosão do solo. Isso tudo, somado as parcerias formadas entre as entidades e produtores é o segredo do sucesso deste projeto”, detalha Fontanella.
 
Saiba mais sobre o Piqueteamento

A técnica consiste na divisão das áreas de pastagem do gado. Estas áreas, chamadas de piquetes, são divididas com palanques e cerca elétrica. O gado é solto para pastar apenas nos locais definidos, com a quantidade de pasto suficiente para cada refeição, ou seja, com a divisão feita pelos piquetes, os animais não circulam para todo lado, evitando assim, o desperdício. O agricultor faz um rodízio com os animais soltando eles no mesmo piquete somente após 25 ou 30 dias. Desta forma, além de evitar que o pasto seja estragado com o pisoteio, impede ainda que eles comam o rebroto e assim o pasto cresce novamente.

Com a nova turma de agricultores que estão implantando o sistema, serão 69 beneficiados no total. A Secretaria de Agricultura e Epagri entram com as capacitações, acompanhamento técnico e auxílio na compra da cama de aviário, o adubo orgânico. O Consócio Machadinha subsidia os palanques, os fios de cerca elétrica e os isoladores elétricos.

Nestes quatro anos de implantação, foram 20 encontros de treinamentos e reuniões. Já as visitas técnicas e de acompanhamento nas propriedades, passaram de 300.  “Eu implantei o sistema há um ano e o resultado é muito positivo. Com a divisão das áreas de pasto, facilitamos o manejo e a produção é mais barata. Investimos menos em silagem, economizamos sementes de pasto e com serviços de máquinas”, confirma o agricultor Wagner Peri. “E ainda recebemos palestras, acompanhamento aqui na propriedade e isso também faz a diferença”, garante ele.

(Fonte: Cristiano Mortari/Assessoria de Imprensa - Prefeitura)